Doenças

Câncer colorretal: o que é, causas, sintomas e mais

Equipe Dasa Genômica

O diagnóstico precoce do câncer colorretal aumenta as chances de cura.

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O câncer colorretal está entre os cânceres mais comuns na população mundial, representando, no Brasil, o segundo mais frequente, se desconsiderado o câncer de pele não-melanoma. 

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, para o ano de 2023, sejam registrados em torno de 45.630 novos casos da doença, afetando homens e mulheres. Nós da Dasa Genômica preparamos este material com as principais informações que você precisa saber sobre esse tipo de câncer para sua prevenção

A seguir você descobrirá mais sobre o que é o câncer colorretal, quais suas causas e como a doença pode ser prevenida e tratada. 

O que é o câncer colorretal? 

O câncer colorretal é uma neoplasia maligna – crescimento anormal das células com potencial de invadir tecido e outros órgãos que pode acometer quaisquer partes do intestino grosso, cólon, porção final do trato digestivo, e/ou reto, localizado imediatamente antes do ânus. 

A doença costuma se desenvolver lentamente, sucedendo pequenas lesões chamadas de pólipos, um aglomerado de células que se forma na parede do intestino e que podem resultar, ao longo do tempo, no desenvolvimento do câncer, devido ao acúmulo de mutações genéticas

Quais são os sintomas de câncer colorretal? 

  • Sangue nas fezes 
  • Constipação ou diarreia 
  • Sentimento de empachamento 
  • Anemia causada pelo sangramento no trato digestivo 
  • Perda de peso 
  • Dor abdominal 
  • Alteração do hábito intestinal 

Pacientes com câncer colorretal podem ser assintomáticos, caso a doença esteja em estágios iniciais, mas, conforme a doença progride, alguns sintomas tendem a aparecer:  

Os sintomas podem variar de acordo com o tamanho e localização da neoplasia, inclusive em outros órgãos devido a metástase (espalhamento) do tumor. Portanto, do estágio inicial ao mais tardio, os sintomas podem ser inespecíficos

Agende consultas de rotina e procure auxílio médico para investigação, em caso de aparecimento e persistência de quaisquer dos sintomas mencionados. 

Quais são as causas do câncer colorretal? 

Existem alguns fatores de risco que contribuem para o início e progressão da doença, podendo ser de origem genética, ambiental e comportamental. Esses fatores contribuem para o desenvolvimento do câncer, causando alterações genéticas no DNA das células que revestem o intestino. 

Com o passar do tempo, essas alterações genéticas se acumulam no DNA das células afetadas, podendo resultar na aquisição de características tumorais como elevada proliferação celular e resistência à morte celular, assim as células acumulam-se no tecido e formam uma massa tumoral

Os fatores genéticos de risco para desenvolvimento do câncer colorretal incluem condições hereditárias e de predisposição suspeitadas por histórico familiar e pessoal, como:  

  • Histórico pessoal de câncer colorretal ou pólipos 
  • Histórico familiar de câncer colorretal 
  • Critérios sugestivos de síndrome de Lynch ou de polipose adenomatosa familial 

Entre os fatores de risco associados aos hábitos comportamentais estão o consumo excessivo de carne vermelha e de alimentos ultraprocessados, excesso no consumo de bebida alcoólica e de cigarros, sedentarismo e baixa ingestão de frutas e vegetais.  

Além disso, a idade também representa aumento de risco para a doença, assim como comorbidades, incluindo a obesidade, diabetes tipo 2 e doença inflamatória intestinal crônica relacionada, por exemplo, a quadros clínicos como doença de Crohn ou colite ulcerativa.  

Como prevenir a doença? 

Os cânceres de cólon e reto podem ser prevenidos por meio de alterações do estilo de vida que reduzam, quando possível, a exposição aos fatores de risco associados à doença. 

Essas medidas incluem reduzir o consumo de carne vermelha e de embutidos, aumentar a ingestão de fibras (frutas, legumes e verduras), praticar regularmente exercícios físicos e reduzir hábitos como fumo e consumo de bebida alcoólica. 

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico precoce garante maiores chances de cura, pois permite que a batalha contra a doença se inicie com antecedência ao seu avanço e consequente aumento de gravidade. 

Como mencionado alguns tópicos acima, o câncer colorretal em estágios iniciais pode ser assintomático. Por isso, para as pessoas assintomáticas, o rastreamento é seu principal aliado para o diagnóstico da doença. 

A colonoscopia é o exame de rastreio preferencial para auxílio no diagnóstico do câncer colorretal, sobretudo para pacientes do grupo de risco, que possuem histórico familiar. Esse exame auxilia na detecção e tratamento dos pólipos e de lesões sugestivas de câncer colorretal, pois permite a visualização do intestino grosso e do reto diretamente. Outros exames, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, também podem ser alternativas úteis no rastreio para pacientes com risco populacional, a critério médico. 

Os exames genéticos podem complementar o atendimento médico, ao dar suporte clínico para a tomada de decisão em relação ao tratamento, medidas de prevenção e aconselhamento genético, ao identificar pacientes com maior risco de desenvolver câncer hereditário. 

Nós da Dasa Genômica temos em nosso portfólio o exame Signatera, que auxilia no diagnóstico e na escolha de estratégia terapêutica do paciente com câncer colorretal.  

Além disso, temos também o Painel NGS Para Câncer Colorretal Hereditário Ampliado com Análise de CNV e Painel NGS Para Câncer Colorretal Poliposo com CNV, dois exames que utilizam técnicas de última geração para identificar variações genéticas associadas a maior predisposição ao câncer colorretal.  

Consulte um médico para mais informações sobre o câncer colorretal e avaliação do seu risco. Caso seja necessário um teste genético, entre em contato com a nossa equipe.   

Qual é o tratamento para câncer colorretal? 

Atualmente existem diferentes tipos de tratamentos para o câncer colorretal, incluindo cirurgia como tratamento padrão para doença localizada, radioterapia, quimioterapia, terapias-alvo dirigidas, ou seja, direcionada para alvos moleculares específicos das células tumorais, e imunoterapia, alternativa terapêutica que potencializa a resposta imunológica do paciente para o combate à doença. 

O diagnóstico precoce da doença garante maiores chances de resposta aos tratamentos e, consequentemente, maior probabilidade de cura. Por isso, além das medidas de prevenção contra a doença, é importante que exames de rastreamento sejam realizados. 

Para as pessoas sem sintomas e que não possuam histórico familiar da doença, consideradas com risco médio para o câncer colorretal, recomenda-se que se inicie uma rotina regular de rastreamento aos 45 anos

Por isso, não deixe de realizar seus exames de rotina e procure um médico em caso de sintomas. O diagnóstico precoce é a melhor alternativa para garantir um tratamento adequado e promissor

Referências 

Brasil – estimativa dos casos novos. INCA, 2022. Disponível em <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estimativa/estado-capital/brasil> Acesso em: 21, março de 2023. 

GUPTA, Samir. Screening for colorectal cancer. Hematology/Oncology Clinics, v. 36, n. 3, p. 393-414, 2022. 

BAIDOUN, Firas et al. Colorectal cancer epidemiology: recent trends and impact on outcomes. Current drug targets, v. 22, n. 9, p. 998-1009, 2021. 

LEWANDOWSKA, Anna et al. Risk factors for the diagnosis of colorectal cancer. Cancer Control, v. 29, p. 10732748211056692, 2022. 

Equipe Dasa Genômica